Para amar direito
é preciso que se sinta
o calor de uma cama revirada,
aquém dos acrobatas de vinícius
(onde se perde a noção da noite,
perdida no grande mar de estrelas)
é preciso que se sofra um desvario,
libertação de outrora
e escuridão do nascer dos rios
(para que, póstumo e livre,
o coração se abra para quem vive)
é preciso que se ache um coração em desordem,
com lãs claras em seus antiquados teares,
formando de longe a imagem, que o peito devastado,
ainda mais fundo devastava
(e deixá-lo sonhar em paz e de seus olhos tomar conta,
para que nenhum cisco os toque novamente)
para que nenhum cisco os toque novamente)
é preciso entornar sua sorte pelo chão,
e amá-la como ninguém jamais o fez
(sempre deslizando sobre o inocente
peito seus gestos de prata, derradeiros
da ultima e sincera expressão)
E cuide para que não se tire deste amor
um grande descontentamento
O que é puro, leve e finotambém pode ser inocentemente
[carregado pelo vento.
(Por Guilherme R.)
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O que é puro, leve e finotambém pode ser inocentemente
[carregado pelo vento.
(o que é leve pousa, e não se demora)
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